Atividade conto popular - Interpretação e produção de texto - Elementos do conto 6ºano


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Elementos importantes no desenvolvimento de um conto:

Personagens: são as pessoas ou seres que vivenciam a história. Elas podem ser reais ou fictícias.
No caso dos contos populares, não se consegue saber se as personagens realmente existiram.

Narrador: é a voz ( que pode ser falada, mas também escrita) que conta a história. Essa voz pode ser aquela que apenas conta o que vê ou algo que aconteceu com ela.

Tempo: é quando a história acontece, no caso de contos populares, são textos antigos e que ninguém sabe exatamente em que tempo aconteceu. No texto, normalmente, há marcas que nos possibilitam identificar esse tempo. Uma delas é a conhecida expressão “Era uma vez”. Fique atento, pois embora essa expressão seja a mais comum, ela não é única forma de marcar esse tempo.

Espaço: é onde a história se passa, pode ser numa casa, num sítio, numa floresta, em fim. Às vezes, não é possível definir ao certo qual é esse espaço.

Enredo: é a sequência em que as coisas acontecem na história. É o enredo que faz com que o texto tenha uma lógica com início, meio e fim.

Conflito: toda história só será instigante se tiver um conflito, um problema a ser solucionado. Portanto, esse é o principal momento da história, que faz o texto “evoluir” até o seu desfecho final.

1. Leia o texto. 

Os três moços
(Sergipe)

DIZ QUE FOI UM DIA havia em um reino uma princesa muito bonita. Um dia apareceram três moços, cada qual querendo casar-se com ela. Para decidir a questão, o rei disse que a princesa só se casaria com aquele que trouxesse uma coisa que mais lhe causasse admiração.
Os três moços saíram. Quando chegaram em uma estrada se despediram e marcaram um dia para se acharem todos os três naquele mesmo lugar. Separaram-se, e cada qual tomou o seu caminho. O primeiro caminhou muito até que deu em uma cidade. Quando ele ia passando por uma rua, ouviu um menino gritando: “Quem quer comprar um espelho?” Ele chegou-se para o menino e disse: “Menino, que virtude este espelho tem?” O menino respondeu: “Este espelho tem a virtude de ver tudo o que se passa em todo lugar.” O moço disse:
“Bravo, sou eu que me caso com a princesa” — e comprou o espelho. O outro moço também caminhou muito e deu noutra cidade. Quando ele ia passando por uma rua, ouviu um homem gritando: “Quem quer comprar uma bota?” Ele chegou junto do homem e disse: “Meu senhor, que virtude tem essa bota?” O homem respondeu: “Esta bota tem o poder de botar a gente no lugar que se quer.” O moço disse: “Bravo, sou eu que me caso com a princesa” — e comprou a bota. O terceiro moço também caminhou. Caminhou, até que deu também numa cidade.
Quando ele viu, foi um menino gritando: “Quem quer comprar um cravo que tem a virtude de dar vida a quem está morto?” O moço disse consigo: “Bravo, sou eu que me caso com a princesa” — e comprou o cravo. Quando chegou o dia marcado, se acharam todos os três na mesma estrada. O moço do espelho foi e abriu o espelho.
Quando ele abriu o espelho viu a princesa estirada, morta. O moço da bota disse: “Não tem nada; se metam aqui dentro desta bota.” Se meteram todos os três dentro da bota, e o moço disse: “Bota, nos bota no reino da rainha Fulana.” No mesmo instante estavam lá. Quando chegaram lá, acharam a princesa morta. O moço do cravo foi e botou o cravo no nariz da princesa.
Quando viram, foi ela se levantar viva. Agora disse o moço do espelho: “Eu sou que devo me casar com a princesa, porque se não fosse meu espelho, vocês não sabiam que ela estava morta.” Diz o moço da bota: “Eu sou que devo me casar com a princesa, porque, se não fosse minha bota, vocês ainda não estavam aqui”.
Diz o moço do cravo: “Quem deve se casar com a princesa sou eu, porque, se não fosse meu cravo, ela não estava viva.” Ainda hoje estão nesta peleja, querendo cada qual se casar com a princesa, e o rei sem saber quem escolherá para noivo.
Entrou por uma porta,
Saiu por um canivete,
Diga a el-rei meu senhor
Que me conte sete.

Fonte: Cadernos do mundo inteiro. Contos Populares do Brasil – Silvio Romero. Coleção acervo brasileiro. Vol.3. 2ª edição. Jundiaí, 2018.

a) De acordo com o texto e com as informações no início da atividade, preencha a tabela abaixo:

Personagens
Narrador
Tempo
Espaço

b) Neste texto a conhecida expressão “Era uma vez” não está presente, mas mesmo assim conseguimos saber que a história se passa em outro tempo. Qual expressão é usada no texto no lugar da mais comum, “Era uma vez”?

c) Leia o trecho a seguir, observando os termos destacados. Assinale a alternativa que corresponde em que momento os fatos acontecem na história de acordo com os termos destacados.

Os três moços saíram. Quando chegaram em uma estrada se despediram e marcaram um dia para se acharem todos os três naquele mesmo lugar. Separaram-se, e cada qual tomou o seu caminho.
(   ) Já aconteceram
(   ) Estão acontecendo
(   ) Ainda vão acontecer

d) Enumere as frases abaixo de acordo com a sequência dos acontecimentos.

(   ) A bota levou os três irmãos até a princesa;

(   ) Se casaria com a princesa quem trouxesse algo que causasse admiração no rei;

(   ) A flor fez a princesa reviver;

(   ) Os três moços saem à procura do que pudesse admirar o rei para casar-se com a princesa;

( 1 ) O rei precisa de um marido para sua filha;

(   ) Os três moços discutem para saber quem deve casar-se com a princesa;

(   ) O espelho mostrou que a princesa estava morta.

e) Ao final da história o conflito não se resolve, pois o rei não consegue decidir com quem a sua filha deve se casar. Ajude o rei, escolha um dos três irmãos e escreva um breve texto defendendo por que ele deve ser o marido da princesa.

GABARITO

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