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Existem poemas que sempre apresentam a mesma estrutura de construção. São os chamados poemas de formas fixas. Entre outros, é o caso do soneto, formado por quatorze versos, organizados em duas quadras e dois tercetos.
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Leia o poema a seguir, de Vinícius de Morais, e responda às questões.
Poética (II)
Com as lágrimas do tempo
E a cal do meu dia
Eu fiz o cimento
Da minha poesia.
E na perspectiva
Da vida futura
Ergui em carne viva
Sua arquitetura.
Não sei bem se é casa
Se é torre ou se é templo:
(Um templo sem Deus.)
Mas é grande e clara
Pertence ao seu tempo
— Entrai, irmãos meus!
(Livro de sonetos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 66.)
1. O poema faz parte de um livro intitulado Livro de sonetos.
a) Trata-se de um soneto? Justifique sua resposta.
b) O soneto, em sua forma clássica, emprega o verso decassílabo (de dez sílabas). Que tipo de verso predomina no soneto em estudo? Levante hipóteses: Por que o poeta pode ter optado por esse tipo de verso?
2. Um poema, em geral, pode ter assuntos variados, como o amor, a natureza e a vida, entre outros.
a) No caso do texto em estudo, de que trata o poema?
b) Veja o título do poema. Ele tem relação com o assunto tratado? Justifique.
3. É comum, na linguagem poética, o uso de imagens que enriquecem a significação do texto. Assim, responda:
a) A que o eu lírico compara a composição de seu poema?
b) Que imagens revelam a presença da força vital do eu lírico nesse trabalho?
4. O eu lírico diz não saber se a poesia que ele constrói é casa, torre ou templo.
a) Levante hipóteses: O que pode haver de comum entre um poema e esses edifícios?
b) Conclua: Que sentidos tem a poesia para o eu lírico?
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